domingo, 7 de fevereiro de 2010

RESPEITO A DIVERSIDADE DOS POVOS INDIGENAS


Quando nos referimos a educação de povos específicos no caso educação indígena nos remetemos a 1500, apesar de saber que os índios sempre estiveram aqui na terra Brasil que alias já teve outros nomes, como Pindorama.
Pensar em cultura indígena é deixar de lado todos os pré-conceitos que a cultura européia disseminou pelo Brasil e pelo mundo. O não respeito a cultura do outro sempre trouxe problemas para aqueles ditos “selvagens” no início da colonização portuguesa no Brasil, os índios foram desrespeitados no seu direito de ser humano e diferente. Como é de conhecimento de todos os portugueses vieram com o intuito de enriquecer a custa de trabalho escravo no início do índio depois do africano, como o sistema político e econômico Mercantilista.
Quando se pensou em educação indígena, ela foi elaborada como instrumento de dominação católica da cultura portuguesa, através de ensinar a fé em Cristo como forma de dominação branca. A cultura indígena foi vista como inferior como aconteceu na maioria dos países feitos de colônia.
É interessante quando no texto se compara o Colonialismo ao Nazismo e o Comunismo, criando o espaço da morte segundo Tasussig, “podemos pensar no espaço da morte como uma soleira que permite a iluminação, bem como a extinção”.
A dominação foi feita através da educação, os índios não podiam falar suas línguas, manifestar sua cultura se submetendo ao julgo do Estado, forçando sua integração, destruindo seus valores e conhecimentos. Segundo Domingues conhecer a palavra de Deus e receber o batismo e ser cristianizados. (Cristianizar era o mesmo que ensiná-los a viver como civilizados, p.77)
Segundo Portela e Mindlin (2004, p.54), “essa situação vem se modificando, o Estado reconhece agora que a língua consiste numa forma de expressão do modo de vida do índio. Falar, escrever, transmitir a própria língua é um direito fundamental dos povos. Com isso, a escola passou a ser uma reivindicação dos índios, em vez de imposição.”


Somente á partir de 1970 começou a existir projetos para modificar essa escola, ONGs começaram a introduzir uma outra forma de ensinar, respeitando a cultura indígena a sua filosofia era a autonomia cultural desses povos. Muitos desses alfabetizadores são indígenas e lutam para reincorporar as tradições que se perderam e buscam dar uma maior autonomia para os povos indígenas, sem educação eles não podem reivindicar os seus direitos.


REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

Coleção UNESP –SECAD-UAB: educação para população especifica/ Mara Sueli Simão Moraes, Elisandra André Maranhe, organizadoras: São Paulo- UNESP, Pró reitoria de extensão, Faculdade de Ciências, 2009, v. 3.

Portela, Fernando. Mindlin, Betty. A QUESTÃO DO ÍNDIO.São Paulo, Editora Ática, 2004.

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