sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

EDUCAÇÃO AMBIENTAL É IDEOLÓGICA

Minha contribuição para a sociedade

A educação ambiental ela não é neutra mais sim ideológica, porque envolve vários setores econômicos e políticos de um país e valores passados para estas pessoas que até então tiveram uma educação tradicional voltada apenas para a exploração dos recursos naturais. Desde a época da colonização no Brasil, Portugal sempre procurou fazer uma colonização de exploração levando as nossas matérias-primas para Portugal e depois enviadas para a Inglaterra que ajudou na acumulação primitiva do capital que deu inicio a Revolução Industrial neste país. Até então ninguém pensava em Meio Ambiente, em um mundo mais sustentável, poluição, maneiras de se consumir mais sem resíduos que poluíssem, mas o único pensamento que vigorava nesta época era o lucro que este tipo de exploração dava aos países e aos capitalistas.

Quando a gente lê a história da Educação Ambiental percebemos que ela não é tão recente quanto pensava, o termo que começou a se usado em 1948 em um encontro da União Internacional para Conservação da Natureza na França ( p.5). Apesar de seu termo já ter sido usado no Brasil pelo movimento conservacionista que surgiu com José Bonifácio de Andrada no século XIX (p.9), existiu várias tentativas governamentais de institucionalizar a Educação Ambiental criando em 1973 a Secretária Especial do Meio Ambiente (SEMA), em 1981, com a política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) e a inserção na Constituição Federal de 1988 a necessidade de promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino( p.10), foi criado o Ministério do Meio Ambiente (MMA), IBAMA e várias outras tentativas governamentais de institucionalizar o tema. Mas essas instituições acabam barrando na burocracia ou “burocracia” de alguns prefeitos e governadores que estão preocupadas apenas em utilizar os recursos naturais ao extremo e alegam que precisam de dinheiro. A pecuária, a extração de madeiras e grandes empreendimentos principalmente imobiliários são os grandes responsáveis pela devastação do Meio Ambiente. Políticas efetivas e punitivas também acabam favorecendo com que as leis ambientais não sejam cumpridas e punidas. Por outro lado temos briga do agronegócio que vê a devastação ambiental como progresso e dão a desculpa de que precisam alimentar o mundo. Essa é uma questão ideológica que é muito difícil de entender porque todos se acham corretos em suas afirmações.

Em algumas leituras observei que culpam também o INCRA e o MST por descumprirem a lei e devastarem além do recomendado, visto que o INCRA é responsável pelos assentamentos, as pessoas que formam o MST precisariam ter uma educação ambiental voltada para um mundo mais sustentável, e somente educação pode mudar a consciência das pessoas, mostrando que se pode ter lucro e viver bem e com qualidade ao mesmo tempo sem destruir a natureza. E uma das apostas é investir em tecnologia, visto que o consumo exerce uma pressão muito forte sobre os recursos naturais.

Um dos casos mais preocupantes creio eu, está em Mato Grosso, que é tido como uns dos estados que mais desmatam e agridem o meio ambiente, e o governador Blairo Maggi é um dos maiores produtores de soja desta região? O desafio é como planejar o desenvolvimento dessas regiões sem agredir o meio ambiente. A floresta em pé tem que valer mais do que ela destruída, como vivemos em uma sociedade capitalista não preocupada com o meio ambiente o poder público tem que fiscalizar e cumprir sua função, e a escola tem que trabalhar no sentido de conscientização das crianças para que o futuro delas estejam garantido na Terra. Segundo Pitágoras “eduque as crianças para que não se precisem punir os adultos”.

A minha atuação na escola contribui quando eu não só penso em ensinar o conteúdo que me foi outorgado pelo Estado de São Paulo no governo José Serra, e sim também trabalhar alguns conceitos críticos que estão na mídia e que precisam de uma análise mais critica e objetiva, como meio ambiente, ética, valores, cidadania, política, sociedade e outros assuntos pertinentes, como professora procuro mediar o conhecimento e procuro contribuir para uma transformação social no meio em que vivo e trabalho sei que não é muito e estou procurando me atualizar para poder contribuir mais ainda para a sociedade.

Um comentário:

  1. Ola....gostei muito do texto. Traz reflexões muito interessante pra gente.

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