sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL

Um olhar sobre EA no Brasil

Ao observar a relação entre pobreza e meio ambiente na cidade onde moro observo a intrínseca relação entre os dois. Infelizmente a educação ambiental não é conhecida pela maioria das pessoas, que tem um distanciamento entre o meio ambiente e a consciência ambiental de preservação e sustentabilidade.

Quando se tem um olhar crítico para essas comunidades, tem se notado como o urbano não planejado degrada o meio ambiente, onde moro os córregos foram canalizados e os que não foram na área de várzea foi ocupado ilegalmente e o esgoto é jogado sem nem um tratamento, não existe áreas verdes e as raríssimas praças quase não tem árvores, as pouquíssimas áreas verdes estão sendo ocupadas com construções de casas, não se tem coleta seletiva do lixo e nem um tipo de projeto tanto de nível publico como privado na área de Educação Ambiental a população não esta inserida neste conceito criticosocial sobre a realidade ambiental em que se esta em evidencia hoje, a realidade vigente capitalista consumista faz com que as pessoas adquiram produtos sem se preocupar com o processo final deles, a contaminação do solo pela decomposição do lixo, a poluição dos rios e a devastação ambiental entre outros tipos de poluição, o desperdício da água tratada e energia elétrica, sujeira e entulhos nas ruas obstruindo as galerias de água, para mudar essa realidade e não ficar apenas na projeção é preciso haver uma interferência no bairro, tanto por meio do poder público como por projetos de ONGs ou terceiros.

Quando começou a Educação Ambiental era confundida com ensino de ecologia, distanciando o contexto da pratica das pessoas. Na década de 90, os movimentos ambientalistas passam a exercer forte influência nos movimentos sociais, o principio da educação crítica cresce junto com os movimentos de educação de jovens e adultos.

Para Paulo Freire, é preciso fortalecer aqueles sem poder, por meio da transformação socioambiental, minimizando as desigualdades e as injustiças sociais, com relação á Conferência de Tbilisi, realizada na Geórgia, em 1977 ela chama a atenção para a articulação dinâmica entre o local e o global, para entender o meio ambiente é preciso contextualizá-lo (TRISTÃO, 2004).

Nesse texto percebe-se que deve haver uma contextualização do meio para que as populações que vivem em áreas marginalizadas possam estabelecer uma relação entre o meio ambiente e um ambiente mais sustentável, não podemos esquecer-nos da omissão dos poderes executivos em projetos e conscientização dessa população. Para que possamos mudar o mundo é preciso começar pelo bairro onde moramos, e ou trabalhamos compreendendo as relações sociedade-natureza e de intervir nos problemas e conflitos socioambientais, esse trabalho tem que incluir também as pessoas que não se identificam com o modelo da Educação Ambiental e mudança de atitudes.

REFERÊNCIA

PROCESSO FORMADOR EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL A DISTÂNCIA. Módulo 2: educação a distância, educação ambiental – Brasília: Ministério da Educação, Secretária da Educação continuada, 2009.

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