sexta-feira, 5 de novembro de 2010

SACANAGEM

5/11/2010 - 08h31

Projeto quer reduzir reserva legal em Mato Grosso

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RODRIGO VARGAS
DE CUIABÁ

A Assembleia de Mato Grosso aprovou um projeto que reduz áreas passíveis de preservação no Estado e diminui o percentual de recomposição de reserva legal.

Aprovado por 19 votos a um, o projeto substitui o zoneamento socioeconômico e ecológico que havia sido proposto pelo ex-governador Blairo Maggi (PR), após três anos de reuniões técnicas e audiências públicas.

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O zoneamento estipula uma série de indicações para o uso e a ocupação dos 90 milhões de hectares do Estado.

Em relação à proposta original, aumentam em 67% as áreas destinadas à "intensificação das atividades agropecuárias": de 23 milhões de hectares para 39 milhões de hectares, um acréscimo equivalente ao território do Acre.

As áreas destinadas à criação de unidades de conservação, que no texto anterior chegavam a 5,5 milhões de hectares, caíram 73%.

O principal articulador foi o deputado Dilceu Dal Bosco (DEM). Segundo ele, a versão anterior, que havia recebido o apoio dos ambientalistas, poderia "engessar" o desenvolvimento do Estado.

"Manter o texto original seria algo gravíssimo. Áreas já abertas e consolidadas seriam engessadas e teriam, por exemplo, dificuldades em obter financiamento", disse o deputado.

Editoria de Arte/Folhapress

O material aprovado também indica o "plantio da cana-de-açúcar e a produção sucroalcooleira" em áreas já abertas no Estado, excluindo as áreas alagáveis. Segundo ambientalistas, o texto abre caminho para o plantio de cana nas terras altas do Pantanal e na Amazônia.

Outro artigo diz que, para fins de recomposição florestal, o percentual de reserva legal cai de 80% para 50% de cada propriedade rural.

O projeto receberá redação final e vai ao governador Silval Barbosa (PMDB) para sanção ou veto. Reeleito no primeiro turno, Barbosa disse que só irá se pronunciar após receber o texto final.

De acordo com a diretoria de Zoneamento Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, os zoneamentos estaduais podem prever a redução da reserva legal para fins de recomposição.

A proposta de Mato Grosso, porém, só passa a vigorar após ser submetida à avaliação técnica da CCZEE (Comissão Coordenadora do Zoneamento Ecológico-Econômico), formada por representantes de 15 ministérios.

Por meio de nota, a ONG ICV (Instituto Centro de Vida) disse que o zoneamento de MT "contradiz os compromissos assumidos perante a comunidade internacional, que preveem a redução do desmatamento e a promoção da agricultura de baixas emissões de carbono".

Um manifesto assinado por 27 entidades, entre elas o Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), será entregue hoje ao governador Silval Barbosa. O documento pede o veto integral ao projeto aprovado pelos deputados. "A versão atual apresenta inconsistências técnicas, além de desperdiçar um grande orçamento já destinado aos seus estudos."

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/825892-projeto-quer-reduzir-reserva-legal-em-mato-grosso.shtml

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

RECEBI ESTE E-MAIL E ACHEI SUPER INTERESSANTE.

e quando não houver mais alimento, água potável e ar “tolerável”, o ser humano há de lembrar que dinheiro não se come; não se bebe e não se aspira... Green Peace


O oceanógrafo Curtis Ebbesmeyer, que pesquisa esta mancha há 15 anos compara este vórtex a uma entidade viva, um grande animal se movimentando livremente pelo pacifico. E quando passa perto do continente, você tem praias cobertas de lixo plástico de ponta a ponta.








Tartaruga deformada por aro plástico

A bolha plástica atualmente está em duas grandes áreas ligadas por uma parte estreita. Referem-se a elas como bolha oriental e bolha ocidental. Um marinheiro que navegou pela área no final dos anos 90 disse que ficou atordoado com a visão do oceano de lixo plástico a sua frente. 'Como foi possível fazermos isso? Naveguei por mais de uma semana sobre todo esse lixo'.
Pesquisadores alertam para o fato de que toda peça plástica que foi manufaturada desde que descobrimos este material, e que não foram recicladas, ainda estão em algum lugar. E ainda há o problema das partículas decompostas deste plástico. Segundo dados de
Curtis Ebbesmeyer, em

algumas áreas do oceano pacifico podem se encontrar uma concentração de polímeros de até seis vezes mais do que o fitoplâncton, base da cadeia

alimentar marinha.

ave com o estômago cheio de pedaços de plástico


E para piorar essa sopa plástica pode funcionar como uma esponja, que concentraria todo tipo de poluentes persistentes, ou seja, qualquer animal que se alimentar nestas regiões estará ingerindo altos índices de venenos, que podem ser introduzidos, através da pesca, na cadeia alimentar humana, fechando-se o ciclo, na mais pura verdade de que o que fazemos à terra retorna à nós, seres humanos.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Será o fim dos oceanos??

Obs: recebi por e-mail e achei interessante.


Segue abaixo as informações retiradas do endereço:
http://www.rense.com/general91/oilor.htm
Crédito Estação Fraterna
(obs: não fazemos apologia ao site Estação Fraterna, apenas se atenham a matéria postada aqui)
Foi estimado, por peritos, que a pressão a qual o petróleo é jogado nas águas do Golfo é entre 20.000 e 70.000 PSI (libras por polegada). Impossível de ser contido.
O que os cientistas americanos são proibidos de dizer ao público sobre o Golfo.
O que você vai ler aqui, é o que os cientistas nos USA não podem falar, com um grande medo da administração Obama.
Eles estão sob ameaça de severa repercursão ao máximo…
Cientistas confirmando essas descobertas não podem ser mencionados dado ao que está escrito acima, mas o que eles acreditam, eles querem que todos saibam.
Pegue um mapa dos USA, abra e meça no mínimo 80,5 km a partir da destruição em volta do Golfo do México com o que você vai ler abaixo.
A carnificina dos USA é tão assombrosa que tirará o seu folego.
Se os cientistas estiverem certos no que eles estão tentando alertar… toda a Flórida será completamente destruída junto com todos e tudo.
Você decide!! Todos tem o direito de ler o que recém escrevi nesse artigo, tanto quanto lerem o que foi escrito abaixo pelos cientistas que a administração de Obama e BP estão tentando calar.
Por favor compartilhem com o maior número de pessoas que você conseguir.
Dr. James P. Wickstrom
RESUMO DOS ACONTECIMENTOS
A estimada super alta pressão liberando o petróleo embaixo da crosta terrestre está entre 80.000 e 100.000 barris por dia.
O fluxo de petróleo e gases tóxicos está trazendo junto areia e cascalho o que causa o fluxo a criar um efeito de jato de areia no que resta da cabeça do poço que atualmente de alguma forma restringe o fluxo, como também o buraco da perfuração.
Como a cabeça do poço se torna cada vez mais desgastada a passagem aumenta permitindo um fluxo ainda maior de petróleo. Mesmo que algum aparelho fosse colocado sobre a cabeça do poço existente, isso não tamparia e pararia o fluxo, porque o que ainda sobrou da cabeçado poço não conteria a pressão do fluxo.
A espessura original da cabeça do poço é de 5 cm. E agora deve estar menor que 2,5 cm e ficando a cada momento mais fina. O petróleo agora alcançou a corrente do Golfo e está entrando na corrente Oceânica, que é pelo menos quatro vezes mais forte do que a do Golfo, a qual o carregará ao mundo todo em mais ou menos 18 meses.
O petróleo junto com os gases, incluindo a benzina e muitos outros tóxicos, esgotarão o oxigênio da água. Isso matará toda a vida marinha. Junto com o petróleo nas praias, haverá muito peixe morto e etc… que deverão ser jogados fora.
UM RESUMO DAS EXPECTATIVAS
Em algum momento o buraco da perfuração ficará muito grande, aumentando seu tamanho abaixo da cabeça do poço, deixando a área muito fraca onde poço está. A intensa então empurrará a cabeça do poço fora, permitindo um fluxo sem restrição de petróleo e etc…
O buraco continuará a aumentar de tamanho permitindo mais e mais petróleo fluir para o Golfo. Depois de muitos bilhões de barris de petróleo já terem sido derramados, a pressão da cavidade enorme a 8 km abaixo do solo do oceano começará a normalizar.
Isso então permitirá que a água, sob forte pressão a 1,6 km de profundidade, seja forçada para dentro da cavidade onde o petróleo estava. A temperatura a essa profundidade está perto de 200 graus centígrados, possivelmente mais.
A água evaporará, criando uma enorme quantidade de força , levantando o solo do Golfo. É difícil saber quanto de água entrará na crosta, também não é possível calcular o quanto o solo levantará.
As ondas do tsunami criado serão alguma coisa em torno 6 a 24 de altura, possivelmente maiores. Então o solo caírá dentro da cavidade vazia. É assim que a natureza fechará o buraco.
Dependendo da altura do tsunami, o cascalho do oceano, petróleo e estruturas existentes serão arrastadas pelas praias entrando terra a dentro, deixando uma área de 80,5 a 322 km desprovida de vida. Mesmo que os escombros sejam retirados, a contaminação do solo e da água impossibitará a re-população por um período desconhecido de anos.
(final da informação liberada pelos cientistas). De Tom Buyea Flórida News Service
(End of scientists information release.) From Tom Buyea FL News Service

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Salvem o Brasil!! de pessoas inescrupulosas !!!


Ambientalistas querem parque nacional para conter expansão da soja

Oeste da Bahia é palco de movimentações pela criação de parque nacional no Cerrado da região. Agricultores familiares e comunidades tradicionais sofrem o impacto da chegada de grupos do agronegócio - inclusive estrangeiros

Por Antonio Biondi, do Centro de Monitoramento de Agrocombustiveis

Barreiras (BA) - Jornais e revistas da mídia que acompanham o cotidiano do agronegócio registram que os estrangeiros - assim como os grandes grupos nacionais - demonstram interesse crescente pelas terras e pela produção agrícola no Oeste da Bahia. No dia 27 de maio, por exemplo, o jornal Valor Econômico divulgou que grupos chineses do setor do agronegócio pretendem comprar cerca de 250 mil hectares de terras no Brasil, distribuídos entre o Oeste baiano e regiões do Cerrado no Maranhão, Piauí e Tocantins.

Seriam, assim, outros 250 mil hectares de terra pretendidos por estrangeiros no chamado "Mapitoba", conforme o setor apelidou a região formada pelos quatro Estados em questão, e que tem apresentado forte avanço do agronegócio nos últimos anos. Ou, 250 mil hectares destinados à produção, por parte de empresas chinesas, de algodão, soja e outras culturas, para serem exportados quase que inteiramente, direto para a própria China!

Ao lado do crescente interesse dos estrangeiros pelas terras do Oeste baiano, o que poucos brasileiros sabem é que parte da sociedade civil local mobiliza-se pela criação de um parque nacional na região. A unidade de conservação seria constituída entre os municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, na área do rio de Janeiro, curso d´água que conta com a incrível cachoeira do Acaba Vida e com o lindo Poço do Redondo. O pleito, que tramita no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Brasília, foi tentado alguns anos atrás. Sem sucesso na ocasião. E por motivos e interesses fáceis de se presumir - por exemplo, pressões sobre as prefeituras locais e omissão dos vereadores.

Cerrado desprotegido
A criação do parque na região seria muito bem-vinda, não somente pelas belezas ímpares, mas também pelo fato de o Cerrado local ser um dos mais desprotegidos do país (conheça a análise do CMA sobre os impactos socioambientais do algodão no Oeste da Bahia em 2009). Organismos internacionais recomendam que 10% do território de um país ou Estado seja destinado a unidades de conservação. O Brasil possui cerca de 9%, ao passo que a Bahia conta com cerca de 10%, segundo a secretaria estadual do Meio Ambiente. Já o Oeste Baiano, segundo levantamentos do ambientalista Dino Dal Bó, Barreiras contaria com somente 0,9% de seu território destinado a unidades de conservação. "Com o parque nacional, teríamos a possibilidade de preservar o [peixe] surubim, a [árvore] aroeira e cerca de 60 outras espécies ameaçadas", explica Dal Bó, que é servidor aposentado do Ibama.

Aqui, cabe registrar que parte da área em que o parque seria criado hoje já é parcialmente protegida, por meio da APA (área de preservação ambiental) do Rio de Janeiro. Em incursão à APA, o CMA constatou à beira da estrada de terra local árvores derrubadas ilegalmente (para a obtenção de madeira), além de um morador da região praticando pesca com arpão no rio, ao arrepio da lei. Já em 2008, o CMA apontava, em seu relatório sobre os impactos da produção da soja no Brasil, para os problemas enfrentados pela APA do Rio de Janeiro, em função do cerco a que estava submetido pelas áreas produtoras do grão na região (link para o relatório da soja 2008).

Ao passo que a expansão da soja em áreas do bioma amazônico é objeto de importantes ações de monitoramento, outras regiões brasileiras experimentam um forte avanço da cultura, com a geração de uma série de impactos, em boa parte deles desconhecidos da opinião pública. É o caso, por exemplo, do próprio Oeste da Bahia, uma região cuja produção da soja encontra-se em franco crescimento, na qual a expansão do agronegócio é marcada pela chegada de indústrias e pela comercialização de matéria-prima para usinas de biodiesel de outras localidades. De acordo com informações da Informações da AIBA - Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia, entre as safras 1992/93 e 2009/10, a soja local cresceu de 380 mil hectares para 1,05 milhão de hectares, um salto de quase três vezes em menos de duas décadas, portanto.Num cenário em que os agentes econômicos apresentam grande força, o poder público busca estabelecer o respeito ao Estado Democrático de Direito e adota uma série de iniciativas e procedimentos neste sentido - mas certamente ainda corre atrás de uma série de passivos acumulados.

A região é de grandes dimensões, tendo nos municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério as principais referências, e faz fronteira com outros cinco Estados: Minas, Goiás, Tocantins, Maranhão e Piauí. Distantes quase 1 mil km de Salvador, as cidades locais mais ricas são palco inclusive de movimentos voltados à criação de um novo Estado na região. Seria o Estado do rio São Francisco, que teria nos grandes agricultores locais a provável força política principal e cuja proposta de realização de um plebiscito sobre o tema encontra-se em tramitação na Câmara dos Deputados.

De acordo com estudo CMA-Repórter Brasil sobre a soja na Bahia, Mato Grosso e restante do Brasil na safra 2009/2010, o Oeste baiano apresenta avanços econômicos e sociais em função do crescimento do agronegócio, com o desenvolvimento da infra-estrutura acontecendo de forma diretamente relacionada a esse setor - por exemplo com investimentos na BR-135 e com perspectivas de implementação de uma ferrovia cortando o Estado de Leste a Oeste, além de um porto em Ilhéus para facilitar o escoamento da produção. Ao mesmo tempo, trata-se de um conjunto de municípios marcado por expressivos índices de pobreza e que demanda investimentos em áreas básicas como saneamento.

Em relação ao meio ambiente, a região apresenta belezas ímpares, com um riquíssimo Cerrado, rios em profusão, cachoeiras, lagoas e grandes serras. A quantidade de problemas é proporcional - na realidade, chega a chamar até mais atenção - às belezas locais. Dos dez municípios que mais plantam soja na Bahia, seis são campeões de desmatamento do Cerrado entre 2002 e 2008, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (tabela abaixo): Formosa do Rio Preto (campeã nacional de desmatamento do Cerrado no período, 2ª em área plantada de soja na Bahia em 2008), São Desidério (vice-campeã em desmatamento, 1a em área plantada na Bahia), Correntina (3ª e 5ª), Jaborandi (9ª e 7ª), Barreiras (14a e 4a) e Riachão das Neves (17ª e 6ª).

Aqui, vale registrar que tal situação de desrespeito ao Cerrado não é exclusividade da Bahia. Conforme revela o estudo do CMA-Repórter Brasil sobre a safra 2009/2010 da soja, nas regiões vizinhas ao Oeste baiano a situação se repete, e, nos demais Estados que formam o Mapitoba, se repete a coincidência em relação aos municípios campeões do desmatamento e da produção da soja.

O levantamento do CMA apontava, ainda, para a existência de 966 autos de infração em território baiano na página de áreas embargadas do Ibama em 16 de abril. Dessas áreas embargadas, 249 situavam-se nas dez maiores cidades plantadoras de soja no Estado. Ou seja, 25,8% das áreas embargadas concentravam-se nessas cidades, ao passo que os outros 74,2% das áreas espalhava-se pelos 407 municípios baianos restantes.

Apesar dos indicadores, o Governo do Estado e os representantes dos produtores da Bahia avaliam que a situação está em uma perspectiva melhor. Com discurso semelhante, apontam para ambigüidades que a legislação apresentava e para problemas de estrutura dos órgãos ambientais, que levaram ao atual passivo. A A Assessoria Geral de Comunicação Social do Governo do Estado da Bahia (Agecom) afirmou ao CMA, por meio eletrônico, que, "ao contrário do que ainda se fala, a região Oeste não é uma agressora do meio ambiente. Existe na região grandes áreas preservadas e intocadas. Os produtores estão conscientes da importância da preservação e da regularização ambiental".

Fiando-se em pesquisas que apontam para uma área preservada de cerca de 64% do Cerrado no Oeste da Bahia, governo e produtores entendem que a riqueza ambiental local será protegida, e apostam suas fichas nesse sentido no programa "Oeste Legal", voltado a regularizar as questões ambiental e fundiária junto aos produtores da região e aprovado em 2009. Segundo a AIBA, o plano foi "a alternativa encontrada por governos, produtores e sociedade civil organizada para adequar do ponto de vista ambiental a região Oeste", diante do "caos gerado pela falta da regularização ambiental dos empreendimentos agrícolas".

O governo do Estado explica que "os produtores cadastrados passam a aderir ao plano com o objetivo de iniciar a recuperação ambiental, quando for o caso, e a adequação à legislação ambiental, instituindo a reserva legal do imóvel e a recuperação da área de preservação permanente". O desafio, contudo, é tremendo: somente nos sete municípios da região focados inicialmente, existem mais de 12 mil propriedades. Ao final do primeiro trimestre de 2010, 200 imóveis haviam aderido ao plano, totalizando cerca de 195 mil hectares.

Recursos hídricos
Em sua passagem pela região, o CMA deparou-se com inúmeros registros de cursos d´água que estão desaparecendo, bem como com desmatamentos de áreas de preservação permanente, ou com a inexistência de áreas de reserva legal. Somente o ofício do Ministério Público Estadual em Barreiras possui 46 procedimentos voltados a regularizar as áreas de reserva legal dos empreendimentos da região - uma das pautas priorizadas atualmente pelo órgão.

Zenildo Eduardo, gerente executivo do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em Barreiras, explica que há rios na região perderam a sua perenidade em alguns quilômetros, e não mantêm mais todo seu curso d´água vivo ao longo do ano inteiro: por exemplo, o rio dos Cachorros e o rio Pratinha. "O uso da água sem critério, a erosão e o assoreamento tem feito as vazões estarem maiores em épocas de cheias, e menores na seca, parece que a água está infiltrando-se menos". Ele explica que tais fenômenos começam a ser pesquisados na região, sobretudo após a instalação de um campus da Universidade Federal da Bahia em Barreiras, há cerca de três anos.

O gerente do Ibama rememora que a década de 1990 "foi quando se constatou o maior desmatamento, o pico do impacto nesse sentido". A região oferecia (e ainda oferece) terra boa, barata e abundante, terrenos planos, muita água e forte insolação - além da mão-de-obra carente de opções (link para o texto trabalhista anterior). Nos anos 2000, a região passa a atrair os grandes empresários do setor. "É quando chegam as grandes empresas, inclusive as estrangeiras", explica Zenildo, que em 2008 comandou, ao lado do então ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a Operação Veredas, que constatou inúmeras irregularidades ambientais, emitindo multas que passaram dos 30 milhões de reais, e autos de infração que levaram ao embargo de quase 60 mil hectares de áreas que foram palco de irregularidades ambientais. Na ocasião, o Ibama foi acusado por "prejudicar o desenvolvimento" da região.

"Quando nos preocupamos com o desmatamento do Cerrado, estamos preocupados diretamente com os recursos hídricos. Trata-se da grande ´caixa d´água´ do Brasil, berço das nascentes de algumas das principais bacias - como a do São Francisco, do Tocantins e do Paraná". Zenildo destaca que a atuação do Ibama local se pauta também pelas preocupações com as questões da biodiversidade, pois o Cerrado possui muitas espécies endêmicas, que ocorrem especialmente no bioma.

A preocupação com os recursos hídricos locais se acentua quando observado o uso intensivo - e crescente - de agrotóxicos nas lavouras locais. Na área rural do município de São Desidério, vizinho a Barreiras, os moradores das comunidades rurais afirmam que rios locais, como o Mosquito e o Roda Velha, apresentam grandes quantidades de produtos químicos em determinadas épocas do ano. Famílias relatam o surgimento de alergias e reações na pele em pessoas que entraram nos rios.

Outros casos, mais graves, começam a despertar preocupação por parte dos órgãos públicos que acompanham as questões de saúde do trabalhador. Os relatos de empregados das lavouras de algodão e soja que apresentam problemas crônicos de saúde após lidar com os agrotóxicos são freqüentes. E o problema torna-se mais sutil e traiçoeiro, uma vez que a saúde dos trabalhadores não é afetada principalmente por acidentes, mas por uma intoxicação gradativa e silenciosa.


Conflitos fundiários
No povoado de Ponte de Mateus (antiga fazenda Santa Luzia do Guará), situado a cerca de 100 km da sede de São Desidério, os impactos ambientais e fundiários caminham juntos. Rafael Francelino de Souza, 69, estima que o rio que dá nome à comunidade, que passa aos fundos do seu terreno, já baixou cerca de 70%. "Não vejo mais bichos. Mataram tudo, ou correram daqui", conta ele, hoje o representante mais antigo da comunidade, que há décadas chegou à região.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

País tem 100 mi de hectares sem proteção

Estudo da USP mapeia áreas verdes que não fazem parte de unidades de conservação e poderiam ser convertidas em outros usos, como agricultura

05 de maio de 2010
Afra Balazina, Andrea Vialli - O Estado de S.Paulo

Mata Atlântica. Estudo mostra que ainda existem muitas áreas verdes sem preservação Um estudo inédito elaborado pela Universidade de São Paulo em parceria com a Universidade de Chalmers (na Suécia) aponta que, mesmo que todos os produtores rurais regularizassem suas terras e obedecessem ao Código Florestal, ainda sobrariam 100 milhões de hectares de vegetação não protegidos ambientalmente e que podem, portanto, sofrer desmatamento. A área equivale a quatro vezes o Estado de São Paulo.

O grupo de pesquisadores criou um mapa e demonstrou que existem 537 milhões de hectares de vegetação natural no Brasil (cerca de 60% do território nacional). Para chegar ao resultado foram usados os dados mais recentes de fontes, como o Programa Nacional de Meio Ambiente (Probio, do Ministério do Meio Ambiente), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

"Foi um esforço braçal. Trabalhamos com cerca de 200 mapas digitais diferentes", explica Gerd Sparovek, professor do departamento de solos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP. O material levou um ano e meio para ficar pronto.

Boa parte dos 100 milhões de hectares desprotegidos não é adequada para a expansão da agricultura, ressalta Sparovek. "Cerca de 74 milhões de hectares têm aptidão baixa para atividades agrícolas." O receio, porém, é que a pecuária possa tentar ocupar essas áreas de floresta.

O pesquisador defende que, enquanto as terras com vegetação não são protegidas, um pacto de "desmatamento zero" deve ser firmado pelos setores produtivos no Brasil.

A agricultura tem como possibilidade, segundo ele, ser expandida para 60 milhões de hectares onde hoje é feita a pecuária extensiva ? que têm solos e clima adequados à produção agrícola. "A pecuária brasileira tem um boi por hectare. É como ter um homem para cada quarteirão."

Déficit verde. O levantamento mostra o estrago já feito em áreas que teoricamente deveriam ser preservadas. Segundo o estudo, 11% da vegetação natural restante no Brasil estão em Áreas de Preservação Permanente (APPs), como encostas e margens de rios ? o que totaliza 59 milhões de hectares. Porém, o correto seriam existir 103 milhões de hectares ? o que significa que há um déficit de 43 milhões de hectares, que já foram desmatados por algum motivo.

A reserva legal, área que o proprietário rural é obrigado a deixar com vegetação dentro do terreno, também tem situação complicada. Seria necessário ter, de acordo com o Código Florestal atual, 254 milhões de hectares de vegetação como reserva legal, mas faltam para fechar a conta 43 milhões de hectares. Na Amazônia, a reserva legal deve ser de 80% da propriedade. No Cerrado deve ser de 35% (nos Estados da Amazônia Legal) e, no restante do País, de 20%.

Nas Unidades de Conservação (como parques e reservas), o problema é menos grave. O estudo indica que 32% da vegetação natural está em UCs e que o déficit de verde é de 3% (ou 5 milhões de hectares). "Nas UCs o controle do Estado é muito maior", diz Sparovek. Pela lógica observada no estudo, a medida mais eficiente para preservar a vegetação nativa é manter UCs e Terras Indígenas, onde há poucas atividades ilegais, como a pecuária (eficiência de 97%).

Compensação. Atualmente existe um embate entre ruralistas e ambientalistas em relação ao Código Florestal. Produtores acusam as leis ambientais de frear a expansão do agronegócio e querem alterar a lei.

Uma forma de enfrentar o desafio do déficit de APPs e reserva legal no Brasil é permitir que os proprietários compensem a área desmatada com a proteção de vegetação em outros terrenos.

Segundo Carlos Scaramuzza, superintendente de conservação da ONG WWF-Brasil, a compensação não pode ser tão flexível (como permitir que seja feita em qualquer lugar do País). Porém, também não deve ser rígida demais (pode não haver estoque de terra disponível nas proximidades).

Mario Mantovani, da Fundação SOS Mata Atlântica, elogia o estudo. "Não temos controle sobre as nossas áreas. O maior problema ambiental brasileiro é a questão fundiária. E existe um atraso muito grande do poder público."

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone) e a ONG WWF-Brasil apoiaram a realização da pesquisa. Os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, além da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), foram procurados, mas não se manifestaram.



segunda-feira, 26 de abril de 2010

POSTE DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA 100% ALIMENTADO POR ENERGIA EÓLICA E SOLAR


Fonte: Revista Fiec

Empresário cearense desenvolve o primeiro poste de iluminação pública 100% alimentado por energia eólica e solar


Não tem mais volta. As tecnologias limpas – aquelas que não queimam combustível fóssil – serão o futuro do planeta quando o assunto for geração de energia elétrica. E, nessa onda, a produção eólica e solar sai na frente, representando importantes fatias na matriz energética de vários países europeus, como Espanha, Alemanha e Portugal, além dos Estados Unidos. Também está na dianteira quem conseguiu vislumbrar essa realidade, quando havia apenas teorias, e preparou-se para produzir energia sem agredir o meio ambiente. No Ceará, um dos locais no mundo com maior potencial energético (limpo), um ‘cabeça chata’ pretende mostrar que o estado, além de abençoado pela natureza, é capaz de desenvolver tecnologia de ponta.


O professor Pardal cearense é o engenheiro mecânico Fernandes Ximenes, proprietário da Gram-Eollic, empresa que lançou no mercado o primeiro poste de iluminação pública 100% alimentado por energias eólica e solar. Com modelos de 12 e 18 metros de altura (feitos em aço), o que mais chama a atenção no invento, tecnicamente denominado de Produtor Independente de Energia (PIE), é a presença de um avião no topo do poste.
Feito em fibra de carbono e alumínio especial – mesmo material usado em aeronaves comerciais –, a peça tem três metros de comprimento e, na realidade, é a peça-chave do poste híbrido. Ximenes diz que o formato de avião não foi escolhido por acaso. A escolha se deve à sua aerodinâmica, que facilita a captura de raios solares e de vento. "Além disso, em forma de avião, o poste fica mais seguro. São duas fontes de energia alimentando-se ao mesmo tempo, podendo ser instalado em qualquer região e localidade do Brasil e do mundo", esclarece.
Tecnicamente, as asas do avião abrigam células solares que captam raios ultravioletas e infravermelhos por meio do silício (elemento químico que é o principal componente do vidro, cimento, cerâmica, da maioria dos componentes semicondutores e dos silicones), transformando-os em energia elétrica (até 400 watts), que é armazenada em uma bateria afixada alguns metros abaixo. Cumprindo a mesma tarefa de gerar energia, estão as hélices do avião. Assim como as naceles (pás) dos grandes cata-ventos espalhados pelo litoral cearense, a energia (até 1.000 watts) é gerada a partir do giro dessas pás.
Cada poste é capaz de abastecer outros três ao mesmo o tempo. Ou seja, um poste com um "avião" – na verdade um gerador – é capaz de produzir energia para outros dois sem gerador e com seis lâmpadas LEDs (mais eficientes e mais ecológicas, uma vez que não utilizam mercúrio, como as fluorescentes compactas) de 50.000 horas de vida útil dia e noite (cerca de 50 vezes mais que as lâmpadas em operação atualmente; quanto à luminosidade, as LEDs são oito vezes mais potentes que as convencionais). A captação (da luz e do vento) pelo avião é feita em um eixo com giro de 360 graus, de acordo com a direção do vento.


À prova de apagão

Por meio dessas duas fontes, funcionando paralelamente, o poste tem autonomia de até sete dias, ou seja, é à prova de apagão. Ximenes brinca dizendo que sua tecnologia é mais resistente que o homem: "As baterias do poste híbrido têm autonomia para 70 horas, ou seja, se faltarem vento e sol 70 horas, ou sete noites seguidas, as lâmpadas continuarão ligadas, enquanto a humanidade seria extinta porque não se consegue viver sete dias sem a luz solar".

O inventor explica que a ideia nasceu em 2001, durante o apagão. Naquela época, suas pesquisas mostraram que era possível oferecer alternativas ao caos energético. Ele conta que a caminhada foi difícil, em função da falta de incentivo – o trabalho foi desenvolvido com recursos próprios. Além disso, teve que superar o pessimismo de quem não acreditava que fosse possível desenvolver o invento. "Algumas pessoas acham que só copiamos e adaptamos descobertas de outros. Nossa tecnologia, no entanto, prova que esse pensamento está errado. Somos, sim, capazes de planejar, executar e levar ao mercado um produto feito 100% no Ceará. Precisamos, na verdade, é de pessoas que acreditem em nosso potencial", diz.
Mas esse não parece ser um problema para o inventor. Ele até arranjou um padrinho forte, que apostou na ideia: o governo do estado. O projeto, gestado durante sete anos, pode ser visto no Palácio Iracema, onde passa por testes. De acordo com Ximenes, nos próximos meses deve haver um entendimento entre as partes. Sua intenção é colocar a descoberta em praças, avenidas e rodovias.
O empresário garante que só há benefícios econômicos para o (possível) investidor. Mesmo não divulgando o valor necessário à instalação do equipamento, Ximenes afirma que a economia é de cerca de R$ 21.000 por quilômetro/mês, considerando-se a fatura cheia da energia elétrica. Além disso, o custo de instalação de cada poste é cerca de 10% menor que o convencional, isso porque economiza transmissão, subestação e cabeamento. A alternativa teria, também, um forte impacto no consumo da iluminação pública, que atualmente representa 7% da energia no estado. "Com os novos postes, esse consumo passaria para próximo de 3%", garante, ressaltando que, além das vantagens econômicas, existe ainda o apelo ambiental. "Uma vez que não haverá contaminação do solo, nem refugo de materiais radioativos, não há impacto ambiental", finaliza Fernandes Ximenes.


Vento e sol

Com a inauguração, em agosto do ano passado, do parque eólico Praias de Parajuru, em Beberibe, o Ceará passou a ser o estado brasileiro com maior capacidade instalada em geração de energia elétrica por meio dos ventos, com mais de 150 megawatts (MW). Instalada em uma área de 325 hectares, localizada a pouco mais de cem quilômetros de Fortaleza, a nova usina passou a funcionar com 19 aerogeradores, capazes de gerar 28,8 MW. O empreendimento é resultado de uma parceria entre a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a empresa Impsa, fabricante de aerogeradores. Além dessa, a parceria prevê a construção de dois outros parques eólicos – Praia do Morgado, com uma capacidade também de 28,8 MW, e Volta do Rio, com 28 aerogeradores produzindo, em conjunto, 42 MW de eletricidade. Os dois parques serão instalados no município de Acaraú, a 240 quilômetros de Fortaleza.
Se no litoral cearense não falta vento, no interior o que tem muito são raios solares. O calor, que racha a terra e enche de apreensão o agricultor em tempos de estiagem, traz como consolo a possibilidade de criação de emprego e renda a partir da geração de energia elétrica. Na região dos Inhamuns, por exemplo, onde há a maior radiação solar de todo o país, o potencial é que sejam produzidos, durante o dia, até 16 megajoules (MJ – unidade de medida da energia obtida pelo calor) por metro quadrado.

Essa característica levou investidores a escolher a região, especificamente o município de Tauá, para abrigar a primeira usina solar brasileira. O projeto está pronto e a previsão é que as obras comecem no final deste mês. O empreendimento contará com aporte do Fundo de Investimento em Energia Solar (FIES), iniciativa que dá benefícios fiscais para viabilizar a produção e comercialização desse tipo de energia, cujo custo ainda é elevado em relação a outras fontes, como hidrelétricas, térmicas e eólicas.
A usina de Tauá será construída pela MPX – empresa do grupo EBX, de Eike Batista – e inicialmente foi anunciada com uma capacidade de produção de 50 MW, o que demandaria investimentos superiores a US$ 400 milhões. Dessa forma, seria a segunda maior do mundo, perdendo apenas para um projeto em Portugal. No entanto, os novos planos da empresa apontam para uma produção inicial de apenas 1 MW, para em seguida ser ampliada, até alcançar os 5 MW já autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os equipamentos foram fornecidos pela empresa chinesa Yingli.
Segundo o presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Antônio Balhmann, essa ampliação dependerá da capacidade de financiamento do FIES. Aprovado em 2009 e pioneiro no Brasil, o fundo pagaria ao investidor a diferença entre a tarifa de referência normal e a da solar, ainda mais cara. "A energia solar hoje é inviável financeiramente, e só se torna possível agora por meio desse instrumento", esclarece. Ao todo, estima-se que o Ceará tem potencial de geração fotovoltaica de até 60.000 MW.
Também aproveitando o potencial do estado para a energia solar, uma empresa espanhola realiza estudos para definir a instalação de duas térmicas movidas a esse tipo de energia. Caso se confirme o interesse espanhol, as terras cearenses abrigariam as primeiras termossolares do Brasil. A dimensão e a capacidade de geração do investimento ainda não estão definidas, mas se acredita que as unidades poderão começar com capacidade entre 2 MW a 5 MW.

Bola da vez

De fato, em todas as partes do mundo, há esforços cada vez maiores e mais rápidos para transformar as energias limpas na bola da vez. E, nesse sentido, números positivos não faltam para alimentar tal expectativa. Organismos internacionais apontam que o mundo precisará de 37 milhões de profissionais para atuar no setor de energia renovável até 2030, e boa parte deles deverá estar presente no Brasil. Isso se o país souber aproveitar seu gigantesco potencial, especialmente para gerar energias eólica e solar. Segundo o Estudo Prospectivo para Energia Fotovoltaica, desenvolvido pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), o dever de casa no país passa, em termos de energia solar, por exemplo, pela modernização de laboratórios, integração de centros de referência e investimento em desenvolvimento de tecnologia para obter energia fotovoltaica a baixo custo. Também precisará estabelecer um programa de distribuição de energia com sistemas que conectem casas, empresas, indústria e prédios públicos.
"Um dos objetivos do estudo, em fase de conclusão, é identificar as oportunidades e desafios para a participação brasileira no mercado doméstico e internacional de energia solar fotovoltaica", diz o assessor técnico do CGEE, Elyas Ferreira de Medeiros. Por intermédio desse trabalho, será possível construir e recomendar ações estratégicas aos órgãos de governo, universidades e empresas, sempre articuladas com a sociedade, para inserir o país nesse segmento. Ele explica que as vantagens da energia solar são muitas e os números astronômicos. Elyas cita um exemplo: em um ano, a Terra recebe pelos raios solares o equivalente a 10.000 vezes o consumo mundial de energia no mesmo período.
O CGEE destaca, em seu trabalho, a necessidade de que sejam instituídas políticas de desenvolvimento tecnológico, com investimentos em pesquisa sobre o silício e sistemas fotovoltaicos. Há a necessidade de fomentar o desenvolvimento de uma indústria nacional de equipamentos de sistemas produtivos com alta integração, além de incentivar a implantação de um programa de desenvolvimento industrial e a necessidade de formação de profissionais para instalar, operar e manter os sistemas fotovoltaicos.

domingo, 11 de abril de 2010

RECEBI ESTE E-MAIL E ACHEI INTERESSANTE.


O fundo da folia na área do Farol da Barra...

DEPOIS NOS LAMENTAMOS QUANDO A NATUREZA RESPONDE VIOLENTAMENTE.
O fundo da folia
Em 5/03/2010, publicado por Fabiano Barretto. Categoria: Bernardo Mussi, Featured Articles, Green Wave | 7 responses

Ao invés de estarem pulando ao som frenético e ensurdecedor dos trios elétricos, os foliões do fundo do mar estavam rolando de um lado para o outro, em mórbida coreografia de um mar s u focado, sem dança, alegria, vida ou poesia.



Dez dias após o carnaval, resolvi mergulhar com dois amigos, na área do Farol da Barra. Pude ver uma quantidade absurda de lixo espalhada pelo fundo do mar naquela área.




Mesmo com a água um pouco suja, devido às chuvas do dia anterior, logo identificamos o local. Na verdade o lixo não estava espalhado, mas concentrado em um canal, provavelmente em razão do movimento das marés. Uma cena lamentável! Eram pelo menos mil e quinhentas latinhas metálicas e garrafas plásticas.



Da superfície, o visual parecia os blocos de carnaval que vemos durante a festa momesca.




Assustados, decidimos não retirar o material naquele dia, na esperança de tentar sensibilizar algum veículo de comunicação, para fazer uma matéria com imagens subaquáticas. A intenção era compartilhar aquela agressão carnavalesca com nossa população e os donos da folia.



Fizemos contato com pelo menos três emissoras, e todas pediram que enviássemos e-mails com fotos, o que fizemos imediatamente. Aguardamos respostas por dois dias e como não tivemos qualquer retorno, optamos por retirar o lixão de lá para evitar maiores danos.





A bem da verdade, estávamos super desconfortáveis com nossas consciências, por termos testemunhado aquela cena e deixado para resolver o problema dias após. Mas tínhamos que tentar a matéria para que a ação não se resumisse somente à coleta do material.






Tínhamos em mente que a repercussão sensibilizaria os empresários e artistas do carnaval, os órgão públicos, a imprensa, as empresas financiadoras e nossa gente. A tentativa foi boa, mas não rolou…



Fomos, então, no terceiro dia após o primeiro mergulho, retirar o material. Antes, porém, fiz questão de chamar um amigo que tem uma caixa estanque, para filmarmos a ação e guardarmos o documentário visando trabalhos futuros e até mesmo a matéria que queríamos na TV.



Sem cilindro de ar e contando apenas com duas pranchas de SUP (Stand Up Paddle) e alguns sacos grandes, éramos quatro mergulhadores ousados retirando do fundo do mar tudo o que podíamos naquela tarde.







Pouco antes de o sol se pôr conseguimos finalmente colocar todo o lixo na calçada.

Muitos curiosos, inclusive turistas, olhavam intrigados a nossa atitude e a todo o instante nos questionavam sobre a origem daquele resíduo. A resposta estava na ponta da língua: Carnaval!



Vou logo informando aos amigos leitores que não sou contra o carnaval, muito pelo contrário, sou fã por diversos motivos, mas acho que a realidade da festa não guarda a menor relação com as belíssimas cenas, as informações rasgadas de elogios e a excessiva euforia amplamente divulgada pela mídia.

Sei que o comprometimento com os patrocinadores e aquela velha guerrinha de vaidades contra os carnavais de outros estados como Pernambuco e Rio de Janeiro, acabam conspirando para isso. Mas vejo aí um modelo cansado, super dimensionado, sem inovações socialmente positivas e remando na direção oposta ao desenvolvimento sustentável da nossa cidade.

Aquele lixo submarino é um pequeno sinal deste retrocesso. Pior, patrocinado solidariamente pelos grandes empresários, artistas e principalmente pelo poder público que tem o dever de melhorar nossa segurança, nossa saúde e educação.







Aproveito o embalo para incluir indignação semelhante sobre os eventos realizados na praia do Porto da Barra durante o verão.

O “Música no Porto” e o “Espicha Verão” não tem trazido nada de bom para nossa cidade, além da oportunidade de vermos ótimos artistas de perto e de graça. De resto, o lixo, o mau cheiro, a degradação ambiental, o xixi pelas ruas, a impressionante quantidade de ambulantes amontoados por todos os espaços públicos e a agressão aos patrimônios históricos, são um grande “pé na bunda” do turista de qualidade.








É o mesmo que olhar para uma bela maçã com a casca brilhante e aspecto suculento, porém, apodrecida por dentro…

Naquele final de tarde acabamos contemplando um por do sol diferente. O monte de lixo empilhado na calçada do Farol da Barra virou atração. E como Deus é grande, fomos brindados com a presença de valorosos catadores de rua para finalizar a limpeza.



Desta ação, além das ótimas imagens documentadas em vídeo, resta rezar para que os donos do carnaval, dos eventos no Porto da Barra e nossos queridos foliões se toquem que algo tem que mudar.



O fundo do mar não merece aquele bloco reluzente e, ao contrário do asfalto, o oceano costuma revidar violentamente as agressões sofridas.

Não tem alegria alguma no fundo da folia!










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"Seja a mudança que você quer ver no mundo." Mahatma Ghandi



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sexta-feira, 9 de abril de 2010





Projeto

1-PREPARANDO A TERRA: DESPOLUINDO AS ÁGUAS EM DIADEMA, ATRAVÉS DA RECICLAGEM DO ÓLEO DE COZINHA PARA TRANSFORMÁ-LO EM BIODIESEL.

2-Semeando os corações: Neste projeto os atores envolvidos serão os professores, coordenadores, diretores, alunos (fundamental e médio, compreendendo a faixa etária entre 11 aos 18 anos), a comunidade do Jardim Dos Eucaliptos e a empresa receptora Bioauto.

3-Rompendo a terra com o Broto: A escola estadual José Fernando Abbud está inserindo em uma região de manancial o da represa Billings que abastece a população do ABC e São Paulo. Essa área de proteção de manancial corresponde ao bairro do Eldorado, uma parte do Bairro Inamar e Serraria, Segundo o engenheiro da Saned Jorge Kiyoshi Massuyama a Saned está coletando 84°/ do esgoto de Diadema com rede coletadora de esgoto.

4-Alimentando as folhas: A escola estará fazendo sua parte de conscientização dos alunos através do recolhimento correto do óleo de cozinha e encaminhará para a empresa de coleta Bioauto para transformá-los em combustível limpo, BIODIESEL, é um combustível renovável, biodegradável e ambientalmente correto. Ao invés desse óleo ser jogado na pia da cozinha e ir parar no esgoto doméstico e poluir as águas dos córregos e rios da região . São cinco as importantes vantagens adicionais do óleo diesel vegetal sobre o óleo diesel do petróleo, que diferentemente do óleo mineral, o biodiesel não contém enxofre, é biodegradável, não é corrosivo, é renovável e não contribui para o aumento do efeito estufa.

5-Florescendo em cores: Planejamento cronograma

O projeto se iniciará em março com a conscientização dos alunos através de palestras da empresa Bioauto e entrega de panfletos.

Em março começa o recolhimento do óleo de cozinha.

Espaço de atuação.

Escola Estadual José Fernando Abbud localizado na Avenida Afonso Monteiro da Cruz, Serraria Diadema,São Paulo –tel:4048-2363

Potencial humano que irá executar a ação

-Direção e coordenação

-Professores

-Alunos e comunidades

-Empresa coletora Bioauto

Recuso Financeiro: ainda não calculado

-Infra Estrutura

-Pátio da escola

OBS pode ser mudado de acordo com a disponibilidade.

-Estratégia a serem usados

-Reuniões em grupo com professores

-Aula expositiva

-Palestra

-Estudo do meio

Bibliografia

Senra,Ronaldo; Sato, Michele; Oliveira, Herman. Processo Formador em Educação Ambiental a Distância: Educação Ambiental. Projeto Ambiental Escolar Comunitário-,UAB, UNIFESP, 2009.

Massuyama,Jorge Kiyoshi. Saned cumprindo com sua responsabilidade na despoluição da Represa Biliings em Diadema. Disponível em www.semasa.sp.gov.br/Documentos/Publicar_Internet/trabalhos/trabalho_150.pdf

Parente, Expedito José de Sá.Biodiesel: Uma Aventura Tecnológica num País Engraçado.Disponível em http://www.balcom.org.br:8080/trade/upload/1189381129469503743.pdf

CRONOGRAMA


--------------------- Cronograma do Projeto ----------------------
Etapas/ atividades ---------Meses--------------------------------
-----------------Mar-----Abr----Mai----Jun-----Jul------Ago------Set-----Out-------Nov-----Dez
-----------X-------X------------------------------------------------ --------------------------------------
2ª --------------------X-------------------------------------------------------------------------- ---------------
-------------------X----------------------------------------------------- ----------------------------------
------------------ X--------------- --------------------------------------------------------------------------
-----------------------------X----------------------------------------- -------------------------------------
6ª ----------------------------X--- X ---- X -- X -- X -- ---------------------------
7ª ------------------------------------------------------------------ X --- X-------- -----X-
8ª ----------------------------- X ---- X -- X -- X -- X -- X -

Descrição das etapas/ atividades: 1ª – Elaboração do Projeto e preparativos iniciais; 2ª – Estabelecimento de parcerias; 3ª Sensibilização dos Gestores, professores e funcionários; 4ª Sensibilização da Comunidade; 5ª Palestras na Escola; 6ª Desenvolvimento das ações e atividades previstas no Projeto; 7ª Divulgação dos resultados; 8ª Avaliação do Projeto.

CONCLUSÃO

Este projeto final em Educação Ambiental, Este projeto tem como objetivo despertar a conscientização dos alunos, professores, funcionários, e comunidade em geral da Escola Estadual Professor Jose Fernando Abbud, a respeito da conservação do meio ambiente.Enriquecendo o currículo da escola, promovendo o interesse e participação do projeto incentivando os alunos no hábito da Educação Ambiental, reduzindo o despejo do óleo de cozinha nos rios e reutilizá-lo como biodiesel. para transformá-los em combustível limpo, BIODIESEL, é um combustível renovável, biodegradável e ambientalmente correto.

O descarte do óleo de cozinha nas tubulações pode gerar graves poluições ambientais como a contaminação da água e morte de animais aquáticos.

Nós professores como educadores devemos ajudar nossos alunos a iniciar a educação Ambiental, uma educação que é crítica e ideológica em prol de um mundo melhor,começando pelo local para chegarmos ao global.